terça-feira, 27 de maio de 2014

Informações mais importantes sobre a medicina renascentista

O Renascimento foi um grande período de crescimento intelectual e desenvolvimento artístico na Europa. Como parte dele, os cientistas e pensadores começaram a se descolar das visões tradicionais que regiam a medicina, tanto no oriente quanto no ocidente. O foco dos tratamentos deixou de ser um equilíbrio natural de ordem divina. O conhecimento avançou através do método científico — pela condução de experimentos, coleta de observações, conclusões. As informações eram disseminadas por meio de uma importante nova tecnologia — a impressão. As raízes da medicina científica estavam estabelecidas.
Em 1543 Andreas Vesalius (1514-64), professor da Universidade de Pádua, publicou um texto ricamente ilustrado sobre anatomia. Com conhecimentos baseados na extensiva dissecação de cadáveres humanos, ele apresentou a primeira descrição amplamente precisa do corpo humano. Anatomistas posteriores em Pádua incluíram Gabriele Falloppio (1523-62), que descreveu os órgãos reprodutores femininos, dando seu nome às tubas de Falópio, e Girolamo Fabrizio (1537-1619), que identificou as válvulas do coração.
A cirurgia era praticada principalmente por barbeiros, que usavam as mesmas ferramentas para as duas profissões. A cirurgia ainda era um negócio bastante primitivo e extremamente doloroso essa época. A controvérsia continuava em relação ao tratamento de ferimentos — o pus era bom ou ruim? A cauterização, ou queima de um ferimento para fechá-lo, continuou sendo a principal forma de deter hemorragias. A maioria dos cirurgiões adquiriu suas habilidades no campo de batalha, e a introdução de pólvora, armas e canhões tornou o local muito mais desorganizado.
Um cirurgião francês do século XVI, Ambroise Paré (c. 1510-90), começou a colocar um pouco de ordem. Ele traduziu parte do trabalho de Vesalius para o francês a fim de disponibilizar os novos conhecimentos anatômicos para cirurgiões de campos de batalha. Com sua própria e extensa experiência em campos de batalha, ele suturava ferimentos para fechá-los em vez de usar a cauterização para deter o sangramento durante amputações. Ele substituiu o óleo fervente usado para cauterizar ferimentos de armas de fogo por um unguento feito de gema de ovo, óleo de rosas e terebintina. Seus tratamentos não só eram mais eficazes como também muito mais humanos que os utilizados anteriormente.
Outro importante nome dessa época foi Paracelso (1493-1541), alquimista e médico suíço. Ele acreditava que doenças específicas eram causadas por agentes externos específicos e, portanto, exigiam remédios específicos. Ele foi o pioneiro no uso de remédios químicos e minerais, incluindo mercúrio para o tratamento da sífilis. Ele também escreveu aquele que provavelmente é o trabalho mais antigo sobre medicina ocupacional, Sobre os Enjoos dos Mineradores e Outras Doenças de Mineradores(1567), publicado alguns anos depois de sua morte.

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